Eterna mente que sente!
Estou em busca dos segredos de minha alma.
Canto cada descoberta e a registro no pentagrama da vida.
Sou um vulcão a esperar a larva banhar com o seu calor o exterior.
Sou água de sal para estancar e curar a minha própria ferida.
Sou apenas som e letras.
Sou poeta em opereta.
Onde chegarei no tempo?
Só os descendentes responderão.
Não sei a que horas o relógio do tempo chamara o meu corpo, mas sei que os versos e cantos que deixo vazar e ao ar alegra de certo permanecerão!
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Nasce 2011, que venha com a energia das mudanças, recheado de esperança e coberto de amor. Que traga a força dos guerreiros orixás para nos mostrar novos caminhos e descoberta de opções nos já caminhados.
Nesta nova etapa de nossas vidas, da minha vida, que este ano seja cheio de alegria e propenso ao encontro das almas gêmeas. Quero te encontrar! A onde você está?
Quero que o amor bata na minha porta da emoção e destranque o meu coração do passado, desejo reconhecer um olhar enamorado a espera do meu olhar, e quanto os nossos olhos se tornarem um sem dominar a identidade do olhar do outro que Oxum nos coroe com o seu axé.
Quero ser farta nas idéias e descobrir a cada amanhecer o recado da liberdade da educação me dando a oportunidade de escutar os seus conteúdos e que a cada dia cheguem mais crianças para que a cultura venha repassar sua memória e aprender com as descobertas da meninice. Ibejada não quero cocada. Quero frutas, quero água de coco e mel, preciso encontrar o óleo para manter o movimento de pular carniça nas brincadeiras eternas do envelhecer.
Que Nanã me oriente e me faça amadurecer o suficiente para manter um coração de menina e a firmeza de procurar cada dia mais tentar melhorar o meu jeito de ser.
Ogum me dê conquistas! Vou projetar mais criação, mais canção, mais poesia, mais amor e mais energia no dia a dia de viver e quero estar junto com você nestes momentos.
Ah! Minha cabeça querida. Ori da minha vida, que está tão bem alimentada, recebas o meu beijo de gratidão por me dar a coroa de um Rei e a paixão de uma rainha. Quero ser justa na entrega de todos os talentos recebidos em forma de produto dividindo a beleza com os irmãos, abençoem sempre a minha criação.
Saúde, desejo ter suficiente para prevenir uma melhor qualidade de vida e festejar cada segundo com a magia de Obaluaiê. Me faça entender a passagem na estadia da vida, confesso que por vezes questiono certas viagens sem anunciação, me deixe livre de maldição.
Eu me misturo aos grupos, tenho interesses variados e todas as vezes que passo a fazer parte de um novo grupo sinto-o completar aos que já faço parte.
Os assuntos apesar de específicos tendem a se encontrar em algum momento, talvez seja por conta do homem na realidade ser o veículo das descobertas do sentido do desenvolvimento e do prazer.
O próprio formato do mundo, da terra, do sol, me leva acreditar que um ponto é a saída para retornar ao início; a descoberta de fazer parte da criação.
Hoje circulo com os meus olhos o contexto, as cenas por vezes me desagrada, me dão nojo, medo e tristeza.Vejo pessoas de todas as idades, principalmente os jovens a perambular pelas ruas e sinto profundamente por não termos uma justiça social voltada para o núcleo familiar que faça com que todo o ser fragilizado seja amparado. Sei que é difícil, não julgo, porém vejo e ainda não consegui fazer com que os meus olhos desfoquem ou desprezem o quadro da miséria nas calçadas, qual nada fico é indignada com o desleixo e desprezo do poder público com a doença social que invade o nosso Estado.
Neste momento sou parte deste grupo, interfiro com a mete e peço a Deus, a espiritualidade que interceda sempre, procuro enviar o amor mesmo que seja na forma do meu olhar.
Não me basta participar, olhar, sentir, preciso ainda registrar este desconforto, divulgar esta mazela diária que parece adormecida junto com o nosso "bucho satisfeito", eu preciso divulgar como se fosse um grito para despertar ao menos um novo olhar, novo movimento, um novo grupo, um jeito especial de não se omitir do processo perverso da vida.
Os assuntos apesar de específicos tendem a se encontrar em algum momento, talvez seja por conta do homem na realidade ser o veículo das descobertas do sentido do desenvolvimento e do prazer.
O próprio formato do mundo, da terra, do sol, me leva acreditar que um ponto é a saída para retornar ao início; a descoberta de fazer parte da criação.
Hoje circulo com os meus olhos o contexto, as cenas por vezes me desagrada, me dão nojo, medo e tristeza.Vejo pessoas de todas as idades, principalmente os jovens a perambular pelas ruas e sinto profundamente por não termos uma justiça social voltada para o núcleo familiar que faça com que todo o ser fragilizado seja amparado. Sei que é difícil, não julgo, porém vejo e ainda não consegui fazer com que os meus olhos desfoquem ou desprezem o quadro da miséria nas calçadas, qual nada fico é indignada com o desleixo e desprezo do poder público com a doença social que invade o nosso Estado.
Neste momento sou parte deste grupo, interfiro com a mete e peço a Deus, a espiritualidade que interceda sempre, procuro enviar o amor mesmo que seja na forma do meu olhar.
Não me basta participar, olhar, sentir, preciso ainda registrar este desconforto, divulgar esta mazela diária que parece adormecida junto com o nosso "bucho satisfeito", eu preciso divulgar como se fosse um grito para despertar ao menos um novo olhar, novo movimento, um novo grupo, um jeito especial de não se omitir do processo perverso da vida.
Bem diga cada ação da minha vida. Bendito seja o dia de sempre e que Oxossi me de o interesse pela descoberta e Exu por favor jogo de cintura para agüentar tanta felicidade.
No final deste ano quero viver de saudade para desejar em dobro tudo o que estou agora a desejar.
EU QUERO MUITO É SER FELIZ E AMAR, AMAR, AMAR.
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Interessante o texto e nos leva a reflexão por dois fatos, um conhecer as regras claras fincadas nas comunidades populares, onde não há meio termo, e saber que para se chegar a ser um jogador de uma seleção a criança e/ou adolescente passa por um funil.
Conheço um líder comunitário de Acari, o Delei, que além de poeta é treinador, o discurso do mesmo junto aos seus jovens é a favor do trabalho como forma de viver e não o futebol, os meninos são treinados, são avaliados, seguem regras muito claras da escolhinha e sabem que nem todos serão estrelas no futebol, contratados, porém podem e são estrelas na vida, é ensinado o cuidado essencial com a saúde, com o meio, e é despertado o não consumismo das marcas divulgadas pelos grandes craques.
Se observarmos os nossos grandes nomes no futebol, pelo menos uma pessoa da família acreditou no seu potencial e investiu, se sacrificando, acompanhando, incentivando, esteve junto de seu filho dizendo, você é capaz, estamos juntos nesta.
As escolas se prendem ao seu conteúdo e não prestam atenção aos seus talentos, não consegue perceber em suas aulas de Educação Física e investir naquele jovem e muita das vezes se perde valor, este brilho.
Percebemos na Cidade de Deus uma evasão de jovens no ensino fundamental, vejo a luta dos grupos por uma Escola de Ensino Médio e questiono, pra que? Segundo o Ibase 51% dos jovens da Cidade de Deus não chegam ao ensino médio. E como poderiam chegar se evadiram no fundamental?
O que as escolas apresentam de tão desinteressante para as nossas crianças em nosso bairro? É preciso investigar? A onde estão as famílias que não acompanham o desenvolvimento dos seus filhos no ensino fundamental e preciso cobrar?
É muito mais fácil criar uma escolinha de futebol e lá com suas regras claras, ter a figura masculina representando o pai e ensinar deveres para se ter direitos.
A nossa raça tem a habilidade na genética, tem vocação e garra para o futebol, mas talvez por termos sido frutos do colonialismo, nos falta abrir os portões do gueto para deixar entrar as pessoas envolvidas com o processo da educação de qualidade. Ter escolas ou escolinhas é muito pouco para juntar talento com educação.
Enquanto a Educação e a família não assumem o seu papel de construtores de um país melhor que surjam várias escolinhas de futebol para não deixar o jovem se transformar em mais um marginal.
Frente a reportagem e esta reflexão me nego a acreditar que para ser o melhor no futebol só é necessário esta construção hierárquica, mas que estes convocados tiveram o letramento da vida, família sem grandes investimento no processo educacional e com foco no talento do jovem. Se além destes fatores estes nossos craques ainda tivessem uma escolarização que não os envergonhassem, a nível de ser omitida, o Brasil teria conseguido de fato ir para o Progresso, primariamente ainda precisamos de muita ORDEM.
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